Encontrei um animal abandonado,o que fazer?

Você encontrou um cachorrinho abandonado, uma ninhada de gatinhos, resgatou um animal atropelado… E agora, o que fazer com ele?


Muita gente pensa que está fazendo uma ótima ação tirando o animal da rua e encaminhando-o para um protetor independente, uma ONG ou um abrigo. Não é bem assim...


Todos estes estão sempre no limite de sua capacidade física, financeira e de tempo, lutando para sobreviver e manter os muitos animais que já cuidam...


Abrigos, inclusive, são um capítulo à parte: entregar um bichinho para um desses lugares é condená-lo a uma vida de privações, falta de espaço e de chances quase nulas de encontrar um dono e uma casa...


Assim, se você quer realmente ajudar, não empurre o problema adiante, resolva-o. A responsabilidade pelo animal que resgatou é sua. Mas aqui vão algumas dicas para te ajudar nesta empreitada tão gratificante!


Leve o animal imediatamente a um veterinário, mesmo que ele pareça saudável. Se você tiver outros animais em casa, isto é ainda mais importante. Afinal, ele pode estar com doenças incubadas com problemas que só o veterinário pode detectar...


Se ele estiver em boas condições de saúde, o passo seguinte, alguns dias após a vermifugação, é castrar e vacinar. NÃO SE DOA ANIMAIS NÃO CASTRADOS, nem mesmo para pessoas conhecidas....


O grande número de animais abandonados se deve justamente à falta de um controle populacional e ao desconhecimento do que é posse responsável. Para ter uma idéia, uma cadela não castrada pode gerar, em seis anos, 64.000 descendentes e uma gata, em sete anos, 420.000. É uma progressão geométrica absurda e, naturalmente, não há lares para tantos animais...


No caso de ser impossível manter o animal em sua própria casa – o que sai naturalmente mais barato -, uma opção é deixá-lo em um hotelzinho ou clínica veterinária até a adoção...


Fotografe o animal – para adiantar, isso pode ser feito no momento do resgate, até mesmo para mostrar como o animal era e como ficou. Faça um cartaz e anuncie-o em pet shops, clínicas veterinárias e outros locais à sua escolha;

Divulgue para seus familiares, amigos, conhecidos...
Crie um anúncio para veicular na internet. Existem sites próprios para isso...

Leve-o a encontros de adoção. No caso de cachorros, os encontros são o caminho mais indicado, ao passo que a internet funciona muito bem com gatos. Lembre-se que os encontros de adoção só aceitam os animais se estiverem castrados e vacinados...

Como eu escolho o novo dono do animal?

O processo de adoção requer alguns cuidados. Você deve entrevistar o candidato à adoção, para ver se ele não está agindo por impulso, se já foi e será um bom dono e se cuidará bem do animal até o fim da vida deste.
 Algumas perguntas básicas: Nome, endereço, telefones, comprovante de residência.
 Todos na família estão de acordo com a adoção? 
Mora em uma casa segura, da qual o animal não possa escapar? 
No caso de gatos, essa questão é ainda mais importante.
 Se for um apartamento, é preferível que ele tenha redes de proteção nas janelas, para o animal não cair. 
Já teve ou tem animais? O que aconteceu com eles? 
Quantas horas por dia o animal ficará sozinho? E quem tomará conta dele se a família viajar?
Um animal vive ao redor de 12 anos. Está preparado para esse compromisso?
inalizando a adoção. O adotante deve assinar um termo de responsabilidade, que serve como uma garantia de que cuidará bem do animal até o fim da vida deste ...

Esteja disponível para qualquer eventualidade que aconteça com o bichinho e a pessoa que o adotou, inclusive para o caso de devolução. Isso também pode acontecer, principalmente se não for feita uma boa ‘triagem’ ou análise prévia do adotante.



Parabéns! Agindo desta forma, você estará fazendo a sua parte de forma equilibrada e responsável. E parabéns pela coragem de tomar essa iniciativa!



Animais de rua: quem não faz parte da solução, é parte do problema !!!