domingo, 16 de fevereiro de 2014

COMO PREPARAR SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO E VOCÊ PARA A CHEGADA DO BEBÊ !

Dica: Se for necessário mudar algo na rotina do pet (local que dorme, come etc.), não faça 
todas as alterações de vez. Isso pode desencadear um quadro de depressão.

Tenho um bebê ou fico com o cachorro? Essa questão lembra muito a famosa "caso ou compro uma bicicleta?" Nas duas questões eu respondo: Por que não os dois? 

O que me motivou a escrever este artigo é a enorme quantidade de e-mails oferecendo um cachorro lindo, saudável, amado por todos, tratado como um membro da família até... a chegada do bebê.


Com a chegada de um bebê na família, se os donos não ficarem atentos o bichinho pode desenvolver depressãotraumas e ter a ansiedade aumentada. Isso, por sua vez, faz com que o convívio com as demais pessoas da casa fique cada vez mais difícil. Adaptá-los, portanto, é a melhor opção “para a segurança tanto do bebê, quanto do animal, pois alguns podem sentir ciúmes com a introdução de crianças ou outros bichos em seu convívio com o dono”, alerta Amanda Cologneze Brito, médica veterinária do Laboratório Mundo Animal. Mesmo assim, isso não acontece com todos. “Alguns, percebem que a dona está grávida e se adaptam praticamente sozinhos, tanto que os donos conseguem notar uma mudança comportamental deles antes mesmo de confirmarem a gestação”, argumenta Carla Alice Berl, diretora do Hospital Veterinário Pet Care (SP). É importante lembrar que os animais aprendem por associação, então a atitude do proprietário com ele perante as mudanças pode determinar o convívio de ambos no futuro. Logo, “sempre que o animal estiver perto do bebê deve ganhar atenção das pessoas, com carinho e petiscos, por exemplo”, orienta Tatiane Ichitani, adestradora e consultora comportamental da Cão Cidadão. “Geralmente as pessoas fazem o contrário, dando atenção ao animal apenas enquanto a criança está dormindo. Com isso, o bichinho associa que quanto mais longe a criança estiver, mais carinho ele recebe”, explica a especialista.
É importante rever a rotina hábitos que acreditam precisar mudar para quando o bebê nascer, dormir na mesma cama e sentar no sofá, por exemplo. “As mudanças devem ser iniciadas logo no começo da gestação, colocando em primeiro lugar os hábitos que considera mais importante serem mudados”, ensina a veterinária Amanda. Acima de qualquer recomendação, quem realmente conhece o animal e pode tentar prever as suas reações são os donos. Com isso,“o adestramento especializado pode ajudar na questão de evitar que ele ataquedestrua ou pegue os pertences do bebê para si”, informa Tatiane. É importante também atentar para a saúde do pet, para que ele possa continuar no convívio da família sem prejudicar a si mesmo ou ao novo integrante do lar. Logo, “banhos regulares,vacinas em dia, e estar devidamente vermifugado é indispensável. Se a criança não tiver nenhuma doença, como alergias, não há problemas para que eles mantenham contato desde cedo.



Quando o bebê chegar

Faça com que a casa pareça que tenha um bebê desde já, assim o cachorro não vai estranhar. Como? Deixe um carrinho na sala, e não brigue com o cão quando ele for cheirar, ao contrário, quando ele se comportar bem ao lado do carrinho, ofereça petiscos para ele. Ande pela casa com uma boneca nos braços, como você carregaria o bebê mesmo, e acostume ele a não pular nessa situação (virando-se de costas para ele, mas desvirando e se abaixando para ele cheirar o "bebê" quando ele estiver no chão). 

Cheiros diferentes, as muitas visitas, brinquedos e utensílios novos, podem despertar a atenção do pet, e reprimi-lo, não é a melhor opção. Para evitar situações indesejadas, “tudo deve ser apresentado ao animal com antecedência e ser associado com algo positivo. 

Quando o bebê nascer, alguém leva o cobertorzinho da primeira noite para o cachorro se sentir familiarizado com cheiro do bebê, deixe ele cheirar e faça muito carinho associado ao cheiro.
Quando o bebê chegar em casa, a mãe não deve estar carregando o bebê. Lembre-se, você passou uns 3 dias longe dele, e reaparece carregando esse "brinquedo"? Ah, não!!!! É muito cruel com o peludão que vai te esperar louco de saudade. Deixe uma terceira pessoa carregar o bebê e vá fazer a festa com o cachorro. Quando ele estiver mais calmo, aí sim, traga o bebê e deixe ele cheirar o pé. Ele vai associar o cheiro dele com o do cobertor. 

Quando começarem os passeios do bebê, as famosas caminhadas em família pela vizinhança, deixe o cachorro fazer parte dessa aventura. Dessa maneira ele terá certeza que o bebê é o novo membro bem-vindo na matilha. 


Por último, se você pensa que seu animal de estimação é uma ameaça à saúde da mamãe ou do bebê, converse com seu veterinário. Você descobrirá que, ao contrário que as pessoas imaginam, a convivência com animais de estimação em nada compromete esse período tão especial da vida da família. Desde que o animal esteja vacinado, vermifugado e tenha assistência veterinária.


DIVERSOS BENEFÍCIOS

Para Julia Burt, médica veterinária e dona do gatil RagBurt, de Campinas-SP, conviver com um bicho de estimação é muito saudável para a criança. “O contato com um peludo desde os primeiros meses de vida do bebê aumenta a imunidade e, assim, a probabilidade de que sofra com alergias e dermatites na fase adulta é bem menor”, explica. Julia é mãe de Henrique, de 1 ano e 3 meses, e conta que o primeiro brinquedo que o filho pegou foi uma varinha para gatos. “A exigência é que os gatos sejam vacinados, vermifugados e criados indoor, ou seja, fiquem apenas dentro de casa. Dessa forma, não há risco algum de contaminação com doenças como a toxoplasmose, adquirida pela ingestão de alimentos e animais contaminados”, diz. Segundo a médica veterinária, é perfeitamente aceitável manter um felino durante a gravidez e mesmo com o recém-nascido em casa. Para evitar contaminações e doenças, basta ter hábitos de higiene, como não permitir que o bebê manuseie a caixa de areia do gato ou as fezes do pet e lavar bem as mãos após se expor a ambientes inóspitos. E antes de colocar a criança em contato direto com o animal, cheque se as vacinas dele estão em dia”, recomenda Julia.
A tão famosa "alergia a bichos" não tem a ver exatamente com o pelo, mas muito mais com o ácaro, encontrado em vários lugares além da pele do nosso peludo (já tentou olhar seu colchão, sofá, etc., num microscópio? Argh!!!! É melhor não).
Enfim, curta muito a gestação, o bebê e todos seus momentos, porque eles crescem rápido demais. E daqui a pouco tempo, você vai curtir a emoção de ver seus dois amores - filho e cachorro - brincando juntos e alegres na praça.




Fontes: Web Animal




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