terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO

          Existe  uma grande diferença entre vacinar  e aplicar vacina.  Aplicar  vacina é somente "espetar"  o   animal com  a  agulha  de  seringa  e  introduzir  o  líquido embaixo da pele, enquanto que vacinar  significa  proceder  de  maneira  tal, com  os  produtos biológicos adequados  ( vacinas de boa procedência ),   para que  se  tenha a certeza que o animal produzirá  anti-corpos e estará protegido contra as doenças infecciosas.
          As  vacinas  devem  ser  aplicadas  de  acordo  com  um  cronograma  estipulado  pelo Médico Veterinário a partir dos  45  dias de idade do cão e  60 dias de idade dos gatos,  e devem ser repetidas anualmente.
          Quem  já  não ouviu falar que o seu animal de estimação deve ser vacinado?  Mas  será que as pessoas sabem quais são as vacinas e a sua importância?
          Há  alguns  anos  atrás tínhamos disponível no mercado a vacina Tríplice  para cães e a  Anti-rábica   para   cães   e gatos.  Os  tempos  mudaram  e  hoje  temos  para  os  cães  a    vacina  Polivalente  ( óctupla - V8 ),  a  vacina para Traqueobronquite e  a  Anti-rábica. Para os gatos temos a Quíntupla e a Anti-rábica.
          -A vacina V8 protege os cães contra as seguintes doenças:
          Cinomose;  Hepatite Infecciosa canina; Doença Respiratória causada por Adenovirus tipo2; Coronavirose canina; Parainfluenza canina; Parvovirose canina; e infecções por Leptospira canina Leptospira icterohemorrhagiae.
          -A  vacina  para Traqueobronquite protege os cães contra Parainfluenza e Bordetelose.
          -A vacina Quíntupla ( VQ ) protege os gatos contra:
          Rinotraqueíte; Calicivirose; Panleucopenia; Clamidiose; e Leucemia felina.
          Podemos analisar  a  importância da vacinação nos animais de  estimação   através  de dois enfoques: o dos animais e o dos humanos.
          Os  animais  necessitam  das  vacinas  para  terem  uma vida longa e  saudável,   já que  as doenças  acima  citadas  se  encontram   disseminadas  em  nosso  país   e  são  de   fácil transmissão.  Um  filhote não vacinado conta com uma grande possibilidade de não atingir  a   idade  adulta, vítima de uma doença infecciosa. Já os adultos estão sujeitos a adoecerem a qualquer momento quando não vacinados.
          Os humanos  necessitam ser protegidos das doenças ditas zoonoses, aquelas doenças que são transmitidas do animal para o homem.  Dentre as zoonoses  podemos  destacar   a  Raiva  e  a  Leptospirose.  U m  animal  que  não  está  devidamente  imunizado  pode adquirir  uma zoonose    e transmiti-la para a família de seu proprietário.
          A vacina é de responsabilidade única do Médico Veterinário, não podendo ser aplicada por  outra  pessoa, pois somente o Médico Veterinário está apto a examinar o  animal  e saber se este está livre de qualquer enfermidade que possa prejudicar a imunização.



Fonte: Rede Vet

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Defensores unidos marcam a manifestação histórica em mais de 170 cidades do Brasil.

No último dia 22 de janeiro as 10:00 ocorreu em todo o Brasil a manifestação "Crueldade Nunca Mais". Mais de 170 cidades aderiram a campanha e defensores dos animais, ONGs, artistas e cidadãos comuns foram às ruas manifestar contra os crimes cometidos contra os animais, pedindo leis mais rígidas para que os criminosos sejam punidos.

Na cidade de São Paulo mais de 20 mil pessoas compareceram, entre elas personalidades como:  O ator Marcelo Médici, um grande ativista na proteção animal e um dos coordenadores da comissão Lei Lobo, compareceu para protestar contra a violência com os animais. A atriz Lúcia Veríssimo, vegana e ativista há mais de 20 anos, disse que “manifestações como esta nos dão a certeza de estarmos caminho certo. Pacificamente e com uma grande mobilização podemos chamar a atenção para uma causa de importância social imensa. Não podemos nos calar e nos omitir diante de crimes hediondos contra animais sem exigir que a justiça seja feita.

A apresentadora Luisa Mell e o o ator Nico Puig estiveram presentes. Nico, que tutela três cachorros, integra a campanha contra leishmaniose e fez questão de participar do movimento e mostrar seu entusiasmo pela defesa da vida.
A modelo, atriz e apresentadora Gianne Albertoni participou ativamente da manifestação e afirmou que as penas para quem comete crimes contra animais são muito brandas, e a principal motivação de participar de ações como esta é pedir uma lei, que é a Lei Lobo, para a qual é necessário arracadar assinaturas a fim de obter sua aprovação no legislativo e ter um resultado mais rápido possível.
A empresária e socialite Marina de Sabrit, que também emprestou sua voz neste dia, declarou que, quando se fala em amor aos animais, o sentido é o de respeito ao próximo. “Muitas pessoas interpretam amor aos animais como fanatismo, mas o que se deve entender é que é apenas uma questão de respeito. O mesmo respeito que se dá ao ser humano se deve dar aos animais e à natureza”.

O protetor voluntário e ativista Luiz Scalea reiterou a necessidade de se mudar a penalidade prevista em lei para maus-tratos a animais. Para isso foi organizada tal manifestação simultânea em muitos estados e cidades do país a fim de sensibilizar a sociedade e pedir enrijecimento das leis que deveriam protegem os animais.
Roberta Ropperto, protetora há vinte anos e ativista, mostrou-se orgulhosa ao ver a mobilização e a quantidade de pessoas se manifestando. Afirmou que agora os casos de crueldade têm vindo à tona na mídia diariamente, mas como protetora ela acompanha isso há muito tempo, atuando em resgates diários. Por isso considera fundamental que todos adquiram essa consciência e continuem se mobilizando.

Também participaram da ação em São Paulo a ex-vereadora Soninha Francine, o deputado federal Ricardo Izar, presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, e o deputado estadual Feliciano Filho.


 Um pastor, um padre, um espiritualista, um hare-krishna e um rabino, juntos, representaram a Iniciativa das Religiões Unidas. O Reverendo Elias de Andrade Pinto destacou que, se não houver a paz também entre os animais, não haverá paz para o mundo, ressaltando que todos os líderes religiosos ali presentes são vegetarianos por questão de coerência. Afirmou haver debates para acelerar o processo de transparência e evolução de forma a evitar o uso e sofrimento de animais pelas religiões. Uma evolução planetária é o que está, segundo ele, em andamento.





Veja como foi a manifestação na cidade de São José do Rio Preto:



  Os rio-pretenses aderiram à manifestação nacional “Crueldade Nunca Mais” e se reuniram na manhã deste domingo (22) na Represa Municipal para protestar contra a onda de maus-tratos a animais e reivindicar penas mais severas para quem comete o crime.
A manifestação, que aconteceu em várias cidades do país simultaneamente, começou a ser organizada há 15 dias em Rio Preto por meio de um site de relacionamentos. O protesto reuniu pessoas ligadas a cinco ONGs e a dois movimentos independentes de proteção a animais, além da população em geral. Os organizadores escolheram a Represa como ponto de encontro para lembrar os mais de 150 gatos que foram envenenados no ano passado.



Para Maria Osvalda Prata Strazzi, presidente do grupo Fauna, uma das ONGs envolvidas na manifestação, a adesão ao movimento é motivada pelo número crescente de registros de casos de violência contra animais. “A mídia tem dado atenção ao problema e isso nos levou a ver constantemente notícias relacionadas aos maus-tratos a animais”, disse.


 
















































 Cãozinho resgatado durante a manifestação - ele estava no lugar certo, na hora certa e cercado de pessoas certas!!!


Veja como foram as manifestações em algumas outras cidades:

Aracaju

Araraquara

Balneário Rincão

Blumenau

Belém

Belo Horizonte

Campinas

Campo Grande

Curitiba

Fortaleza

Jundiaí

Maceió

Manaus

Maringá

Niterói

Novo Horizonte

Ourinhos

Passo Fundo

Ponta Grossa

Porto Alegre

Ribeirão Preto

Rio de Janeiro

Rio Grande

Rio Preto

Rondonópolis

Salvador

Tietê

Uruguaiana

Vitória



Fonte: Anda News

domingo, 22 de janeiro de 2012

Ajuda para Camões

Pra quem ainda não conhece, esse é o Camões. Um cãozinho idoso que foi resgatado com maxilar quebrado, com muita dor e febre. Cego de um olho, Camões foi forte e resistiu ao abandono e toda essa situação. Hoje vive feliz e recuperado com a protetora que o resgatou. 
A cirurgia foi feita e a Vakinha é pra auxiliar nas despesas no veterinário. 
Acesse:  http://www.vakinha.com.br/VaquinhaP.aspx?e=117719
 
 
 
 

sábado, 21 de janeiro de 2012

Brasil pede justiça para os animais

20 de janeiro de 2012 às 17:36

(da Redação da ANDA NEWS)

Imagem: Reprodução/Internet

A divulgação de casos de crueldades cometidas contra animais tem comovido e indignado todo o país. A sociedade tem acompanhado a triste realidade de animais domésticos, domesticados, silvestres e exóticos que são mortos, espancados, brutalizados, sofrendo violências de todos os tipos sem que os criminosos sejam presos ou penalizados com rigor, porque não há amparo legal para que se faça verdadeiramente justiça.

As leis no Brasil são brandas para perigosos assassinos e pessoas cruéis porque parte do pressuposto que uma atrocidade contra um animal é um crime de menor poder ofensivo. Um entendimento absolutamente equivocado e que vai de encontro ao entendimento da Justiça de outros países e ao anseio da sociedade brasileira, que está clamando por mudanças na lei.
Este é um erro que precisa ser corrigido. Não se julga um crime a partir da vítima. Uma barbaridade cometida contra um cão, um mendigo, uma pessoa rica deve ser penalizada da mesma maneira. O que se deve punir é a violência em si e ela não é menor porque é cometida contra determinados seres. Julgar desta forma é estimular a crueldade contra os mais fracos. O abuso contra animais é um crime com consequências graves para todos.

Já está mais do que provado por pesquisas que a violência ao animal é sintoma de uma mente doentia. Já na década de 70, o resultado do levantamento da vida de serial killers feita pelo FBI, a polícia federal norte-americana, comprovava a relação entre crueldade contra animais e crueldade contra pessoas. Quase todos os assassinos em série começaram matando animais (veja uma pequena lista de casos abaixo).

Essa compreensão é a base do julgamento de crimes contra animais nos Estados Unidos. Apenas para citar um caso recente publicado pela ANDA, um homem que violentou um cão que sobreviveu, foi sentenciado a 10 anos de prisão em regime fechado no EUA. Além da pena de prisão, ele foi inscrito, pelo resto da vida, no registro de delinquentes sexuais. Uma sentença exemplar que deve ser aplicada também no Brasil.

Os animais têm direitos que precisam ser reconhecidos e respeitados. Este é o clamor de boa parte dos brasileiros e a legislação precisa atender. A lei deve obrigatoriamente acompanhar os avanços morais, tecnológicos, econômicos, culturais, de qualquer outra ordem, da sociedade.


Mobilização nacional


 

De Norte a Sul do país, milhares de pessoas, num movimento lindo e histórico, estão mobilizadas em mais de 170 cidades e capitais para exigir que autoridades, legisladores, mudem as leis. Chega de impunidade, chega de tanto sofrimento e dor diante de injustiças. A legislação brasileira no que concerne aos crimes cometidos contra animais precisa mudar imediatamente.

A ANDA convoca todas as pessoas de bem, todos que estão se sentindo indignados com a violência aos animais para que compareçam neste domingo (22) em suas cidades à manifestação simultânea por justiça e pelo fim da crueldade aos animais. A paz só existe quando é vivida entre todos.


Relembre aqui alguns casos recentes de crimes cometidos contra os animais. São apenas alguns:

- Gato é enterrado vivo em  lata cheia de piche.
- Lobo, um rotweiller que foi arrastado pelo carro de seu próprio tutor e morreu depis de sofrer bastante.
- Uma égua vítima da exploração morreu de cansaço, em plena rua em SP
- Jade, uma rotweiller grávida, que foi trancada dentro do carro e queimada viva com gasolina pelo filho do tutor. Ela teve 80% do corpo queimado, ficou internada por semanas e agora está em recuperação.
- Um pobre cão assustado com os fogos na virada do ano, se escondeu embaixo de um carro e foi covardemente atacado com golpes de facas, teve o pulmão perfurado, mandíbula e morreu na clínica.
- O cão Titã foi enterrado vivo por seu “tutor” quando tinha apenas 4 meses. Ele sobreviveu, ficou internado semanas, fez transfusão de sangue e perdeu uma visão.
- Dois cães de 16 anos foram jogados do 5º andar por sua tutora que teve um “surto”.
- Lana, a yorkshire brutalmente espancada até a morte por sua tutora que justificou a atrocidade por estar “nervosa” aquele dia.
- Dalva, provavelmente a maior assassina de animais do mundo, matou em oito anos mais de 30 mil cães e gatos em sua casa na Vila Mariana, em SP.
- Uma idosa de 71 anos, do RJ, matava cães a pauladas e jogava em sacos de lixo na calçada.
- Um cão brutalmente espancado e quase enforcado ficou com distúrbios emocionais sérios.
- Um PM atirou sem qualquer motivo numa cadela grávida que vivia com um mendigo em Pouso Alegre.
- Cadelinha morre após ser abandonada dentro de saco em SC.
- Um burro idoso foi obrigado a trabalhar com a pata fraturada e pendurada por vários dias e quilômetros numa estrada.

 
SEGUNDO O FBI, 80 % DOS ASSASSINOS COMEÇAM MATANDO ANIMAIS

 Pessoas com má índole, sempre preferem primeiramente, aqueles que não falam e não podem se defender, até que seu instinto perverso vai aos poucos se solidificando, ao ponto de, num dia qualquer, começar a colocar em prática com os de sua espécie tudo o que já foi praticado anteriormente com os indefesos animais. 

Abaixo, publicamos uma relação com o nome de criminosos de alta periculosidade, os crimes que cometeram e a crueldade com os animais.

Albert de Salvo (O Estrangulador de Boston)
Assassinou 13 mulheres.
Na juventude prendia cães e gatos em jaulas para depois atirar flechas neles.

Brenda Spencer
Uma colegial que matou duas crianças nos EUA.
Costumava se divertir ateando fogo na cauda de cães e gatos e ninguém deu muita importância a isto.

David R. Davis
Assassinou a esposa para receber o seguro.
Matou dois poneys, jogava garrafas em gatinhos, era caçador.

Edward Kemperer
Matou os avós, a mãe e sete mulheres.
Cortou dois gatos em pedacinhos.

Henry L. Lucas
Matou a mãe, a companheira e um grande número de pessoas.
Matava animais e fazia sexo com os cadáveres.

Jack Bassenti
Estuprou e matou três mulheres.
Quando sua cadela deu cria enterrou os filhotes vivos.

Jeffrey Dahmer
Matou dezessete homens.
Empalava sapos quando crianças e matava animais deliberadamente com seu carro.

Johnny Rieken
Assassino de Christina Nytsch e Ulrike Everts.
Matava cães, gatos e outros animais quando tinha 11 ou 12 anos.

Luke Woodham
Aos 16 anos esfaqueou a mãe e matou a tiros duas adolescentes.
Incendiou seu próprio cachorro despejando um líquido inflamável na garganta e pondo fogo por fora e por dentro ao mesmo tempo. “No sábado da semana passada, cometi meu primeiro assassinato. A vítima foi minha querida cachorra Sparkle. Nunca vou esquecer o uivo que ela deu. Pereceu algo quase humano. Então nós rimos e batemos mais nela”. Esta frase foi extraída do diário de Luke Woodham.

Michael Cartier
Matou Kristen Lardner com três tiros na cabeça.
Aos quatro anos de idade puxou as pernas de um coelho até saírem da articulação e jogou um gatinho através de uma janela fechada.

Peter Kurten (O Monstro de Düsseldorf)
Matou ou tentou matar mais de 50 homens, mulheres e crianças.
Torturava cães e fazia sexo com eles, enquanto os matava.

Randy Roth
Matou duas esposas e tentou matar a terceira.
Passou um esmeril elétrico em um sapo e amarrou um gato ao motor de um carro.

Richard A. Davis
Assassinou uma criança de doze anos.
Incendiava gatos.

Richard Speck
Matou oito mulheres.
Jogava pássaros dentro do elevador.

Richard W. Leonard
Matava com arco e flecha ou degolando.
Quando criança a avó o forçava a matar e mutilar gatos com sua cria.

Rolf Diesterweg
O assassino de Kim Kerkowe e Sylke Meyer.
Na juventude matava lebres, gatos e outros animais.

Theodore R. Bundy
Matou 33 mulheres.
Presenciava o avô sendo cruel com os animais.

Fonte: Anda News

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Síndrome de Ansiedade de Separação (SAS)

O assunto é sobre a Síndrome de Ansiedade de Separação que vem tomando uma importância cada vez maior nos dias de hoje, especialmente devido ao modo de vida muito atribulado dos proprietários, como também a uma forte dependência que os humanos passaram a adquirir em relação aos seus cães, como se estes fosses seus filhos, ou até mesmo uma extensão de seus donos.

Sabe-se que a humanidade está cada vez solitária, individualista, não por pura vontade, mas sim pela necessidade dos tempos modernos em trabalhar mais e, como conseqüência, lucrar mais e “ser mais feliz”. Esse comportamento necessita de uma válvula de escape, pois não se vive só, sem família por perto ou sem amigos. É no âmbito deste sentimento de solidão e carência que algumas pessoas passam a adquirir um animal de estimação e fazem deste o centro de suas atenções quando estão juntos. Dormem juntos, comem juntos, muitas vezes compartilhando da mesma alimentação, proporcionando uma relação de dependência mútua. Na maioria das vezes, essa atitude de acolhimento e carinho que o proprietário tem para com o cão é algo que se faz inconscientemente, na tentativa de preencher algum espaço e em troca dar algo bom ao animal. Não cabe nenhum julgamento a qualquer proprietário sobre esse tipo de atitude, pois se o mesmo não possui consciência do que isso pode significar verdadeiramente para o cão, ele não é o culpado, apenas não sabe e o faz na melhor das intenções.

Porém, diante de uma relação extremamente dependente temos como resultado exatamente a dependência extrema. Parece redundante, não é? Porém é algo que se sabe, mas não se entende. Transponha para os relacionamentos humanos. Por exemplo, os pais podem criar uma criança visando dois caminhos: ou induzindo essa criança a ser independente, ensinando quais as atitudes para isso, ou o outro caminho é super protegê-la, o que a tornará uma criança insegura, medrosa por não ter oportunidade em conhecer o novo, de testar suas possibilidades e saber até onde pode ir, e, dependente dos pais, num primeiro momento e de um parceiro(a) num segundo momento da vida.

É assim que se pode fazer com um cão, ou damos as possibilidades para que possa demonstrar seu potencial, fazer suas descobertas, encarando as dificuldades com o medo reservado e próprio destas, ou acolhendo de forma demasiada todas as manifestações de medo, ansiedade, não permitindo que o cão as possa vivenciá-las.

É diante disto que proponho que entendamos melhor do que se trata a Síndrome de Ansiedade de Separação (SAS). Trata-se de uma série de comportamentos manifestados pelos cães quando deixados a sós. O pior é que quando o proprietário não percebe a causa do problema em si e ao chegar  em casa se depara com um sofá totalmente destruído, pune seu animal. A punição é feita de maneira inapropriada e isso colabora para o aumento da freqüência do comportamento indesejado.

O comportamento do cão visto como inadequado se dá por uma resposta dele ao estresse sentido diante da separação de uma ou mais pessoas que mantém um contato estreito.

Esse relacionamento do cão se dá desde filhote, primeiramente com a mãe e irmãos de ninhada e posteriormente, no período de socialização, o filhote irá se ligar a outros animais da mesma ou/e de outras espécies. A socialização determinará o tipo de relação social que ele terá, assim como processos de comunicação, hierarquia, maneiras de resolver problemas e também e não menos importante, o tipo de relação que será estabelecida com o proprietário, sendo que esta é baseada em confiança. Porém quando o cão permanece dependente demais do dono, poderão ser desenvolvidas questões comportamentais denotando a ansiedade de separação.

Dentre os comportamentos, poderão ser observados micção e defecação em locais inapropriados como na porta ou cama do dono, vocalizações em excesso (uivos, latidos, choros), comportamento destrutivo (arranhar sofás, morder objetos pessoais do dono, janelas, pé de mesa, pé de cadeira, portas), depressão, anorexia, hiperatividade, podem mastigar portas e janelas quando o dono não está na tentativa de segui-lo, mastigam móveis, fios, paredes, roupas, não comem ou bebem enquanto o dono não retornar, podem apresentar também automutilação. Cabe ressaltar que cada caso é um caso e que deve ser rigorosamente analisado por um profissional, levantando todo um histórico comportamental do animal para que se possa chegar à hipótese de ansiedade de separação.

Para entendermos melhor, precisamos saber uma diferença entre o medo e a fobia. O medo é o sentimento de apreensão associado à presença ou proximidade de um objeto, pessoa, ou situação específica. O medo é algo normal, que faz parte do desenvolvimento e que é superado diante das situações que são apresentadas ao cão, no decorrer da vivência.

A fobia é uma resposta que o animal demonstra sendo esta imediata, aguda, profunda, anormal, traduzida como um comportamento de medo extremo, comparada ao pânico. Fobia, diferentemente do medo, não é extinta com a gradual exposição do cão ao que gera o desespero.

Diagnóstico
É dado quando o animal manifesta os comportamentos ansiosos na ausência do proprietário a qual mantém uma relação muito forte, mesmo estando na presença de mais outras pessoas.


Quando ainda filhote, vários eventos podem levar ao desenvolvimento da ansiedade de separação, por exemplo: ter sido tirado da mãe muito jovem, assim também não teve contato suficiente com irmãos de ninhada, mudança súbita de ambiente na qual estava acostumado, mudança do estilo de vida do proprietário, passando a ter menos tempo juntos, divórcio, crianças que crescem e deixam a casa, um recém-nascido na família, um novo animal de estimação. Pode ocorrem também por um evento traumático que tenha acontecido na ausência do proprietário, por exemplo, tempestades, terremotos, explosões, assaltos, invasões na residência.

Não existe raça específica para o desenvolvimento da síndrome, mas os cães que a desenvolvem são muito agitados, seguem o dono por todos os lugares, pulam em cima do mesmo o tempo todo. Os cães com SAS, sentem e sabem quando seu dono está para sair e nesse momento choramingam, solicitam atenção, pulam, tremem, seguem insistentemente o proprietário.

Tratamento
O primeiro passo para o tratamento do animal é compreender qual o real motivo que o levou até este ponto e dar todo o apoio e explicação ao proprietário a respeito de como é o funcionamento do raciocínio, da cognição do cão, fazendo-o entender que o proprietário mudando alguns aspectos de seu próprio comportamento em conjunto a uma especificação da origem do problema do animal é o que darão resultado. O animal que é dependente ao extremo precisa que o dono perceba o que está fazendo de errado e por vezes acentuando a ansiedade do cão.

Se o animal está nesse estado foi porque o estímulo comportamental do cão foi reforçado a estar assim, portanto, devemos identificar quais são os estímulos reforçadores.  Na SAS precisamos identificar estímulos que antecedam a saída do dono, as respostas comportamentais após um tempo determinado da saída do proprietário, a intensidade destas respostas referentes à quantidade de tempo que o dono está fora de casa e estímulos no retorno do proprietário, ou seja, se este reforçou o comportamento inadequado do animal ou não.

Para o tratamento da ansiedade de separação deve incluir uma modificação da relação do dono com o cão, prática de atividade física pelo animal, treino para a obediência, modificação de estímulos antecedentes a partida do dono e conseqüentes à chegada do mesmo, prevenção e uso de ansiolíticos em alguns casos, sempre associado a toda a reorganização da vida do cão e do dono, pois somente o medicamento não mudará nem resolverá a causa do problema, somente irá mascará-la e o objetivo é trazer o animal para o convívio e não retirá-lo. O ponto principal é ensinar o cão a tolerar a ausência do dono, aos poucos, gradualmente, com por exemplo, com pequenas partidas do proprietário, aumentando o tempo fora com pequenos intervalos, não necessariamente crescentes, ou seja, o dono pode sair primeiramente por 30 minutos, depois por 10, depois por 25, por 15, para que o cão entenda que ele irá retornar.

No retorno o dono não deve saudar excessivamente o cão, pois esse comportamento só estaria reforçando negativamente o animal. Enquanto o cão permanecer excitado o dono deve ignorá-lo, até que ele se acalma e só nesse momento, saudá-lo.

Junto a isso, o cão estará atento aos movimentos do dono antes de sair de casa e mostra-se ansioso. O proprietário pode então, realizar todos os movimentos que faria antes de sair de casa, porém não sair. Pode-se também realizar o contra-condicionamento. Nesse caso o cão é treinado a manter-se calmo enquanto o dono se movimenta, afastando-se cada vez mais até chegar perto da porta. Durante a ausência do dono a televisão ou o rádio podem permanecer ligados para que o animal tenha a sensação de não estar só, ajudando-o a associar positivamente a ausência.

É importante que o dono consiga lidar com seus sentimentos também tendo a certeza que ignorar o cão por um tempo não fará com que o animal goste menos dele, mas sim, diminuirá a dependência extrema, permitindo que o cão tolere a sua ausência, tornando o animal mais equilibrado e feliz. Castigos e punições negativas não são recomendados como tratamento, trazendo apenas medo e agressividade do cão para com o punidor.

Lembre-se que um cão super dependente não é um cão contente e nem há uma relação saudável com o dono. Passe a trabalhar sua mente para ajudar seu grande amigo a ser mais feliz!

Fonte: PINHEIRO, R. G. Alterações no comportamento canino: agressividade, ansiedade de separação e sensibilidade sonora. Goiânia, 2010.


Veja aqui mais dicas de como deixar seu cachorro sozinho em casa.




Juliana Dias Pereira
Psicóloga, professora e estudante de veterinária


Mapa de espécies ameaçadas no Brasil já está disponível online


Já está disponível, em pdf, na internet, o Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção em Unidades de Conservação Federais. Organizada por Jorge Luiz do Nascimento e Ivan Braga Campos, a publicação tem 276 páginas. Ela pode ser acessada no site do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no seguinte endereço.

“Esta primeira edição do Atlas identificou que 50% das espécies da fauna ameaçadas de extinção ocorrem em Unidades de Conservação federais”, diz Ugo Vercillo, coordenador-geral de Manejo para Conservação, do ICMBio. A segunda edição do Atlas está em elaboração, com lançamento previsto para o aniversário de 5 anos do ICMBio. “Também solicitamos a todos os servidores do Instituto e pesquisadores, que contribuam com informações inéditas”, destaca Ugo.

Um mapa também permite visualizar, via Google Earth, a lista das espécies ameaçadas. Esta ferramenta permitirá que o usuário selecione uma unidade de conservação e conheça todas as espécies da fauna ameaçadas de extinção, além de saber mais informações sobre o animal. A iniciativa é uma tentativa de mostrar a importância das unidades de conservação para a proteção das espécies.

Informações e contribuições podem ser enviadas para o e-mail coapro@icmbio.gov.br, para serem analisadas pela Coordenação de Análise e Prognóstico de Risco à Biodiversidade (COAPRO), da Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (DIBIO), do ICMBio.


Fonte: EPTV

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Bebês e animais de estimação


Faz tempo que eles dominam o pedaço. Mas, agora que o bebê nasceu, o cão ou o gato não precisam perder o reinado.
 A convivência entre crianças e pets pode ser muito tranqüila, além de valiosa para os pequenos. Basta ser democrático na hora de distribuir as atenções e não se esquecer de adotar alguns cuidados para evitar a transmissão de doenças.
O melhor a fazer é começar a preparar o cachorro antes mesmo da chegada do bebê. A partir do momento em que a mulher descobre a gravidez, ela deve começar a diminuir a atenção dada ao animal e passar a ignorá-lo algumas vezes. Desta forma, ele não vai estranhar tanto quando não receber atenção dos futuros pais. Caso o casal não queira que o cachorro entre no quarto da criança é preciso também começar a educá-lo antes da chegada do filho para que ele não relacione a criança às coisas negativas. Levar uma roupinha usada no bebê na maternidade para o cão sentir o cheiro e já ir se acostumando.

Vinda do hospital
Geralmente a mãe passa alguns dias no hospital na altura do parto e é normal que quando regressa, o cão a receba de forma entusiástica. Por isso, a dona deve entrar em casa sem o bebê, para evitar castigar o cão por estar entusiasmado com a vinda da dona e possivelmente até saltar. Depois, quando o cão acalmar, o dono pode entrar com o bebê.

O cão e o bebê só devem ser apresentados quando o cão estiver calmo e o bebê, de preferência, a dormir, para que o fato de o bebê se mexer não causar muita excitação no animal.
 Um dos pais deve segurar o bebê e o outro deve segurar o cão pela coleira. Não é necessário que o cão se aproxime demasiado do bebê, basta permanecer a alguns metros, já que os cães tem um ótimo faro e não necessitam  colar o nariz ao bebê para sentir o cheiro dele. Ao apresentar o bebê, ofereça-lhe recompensas.
É muito importante que o cachorro associe a criança a coisas positivas, como petisco e carinho.
Colocar uma fralda com o cheiro do bebê nos locais em que o animal dorme e come também ajudam a reforçar a associação positiva do cão com a chegada da criança.

Carinho com limite
Criar um animal desperta nas crianças o senso de responsabilidade, além de sentimentos de afeto e doação. Só é importante que a meninada lave as mãos depois das brincadeiras e não exagere nos afagos. Puxões na cauda e nas orelhas deixam o bicho pra lá de estressado. E ficar beijando o animal pode abrir caminho para que os pequenos sejam contaminados por micróbios.
Cães são animais sociais, que foram feitos para viverem em grupos. Para os cães, os bebês nada mais são do que “filhotes humanos”. E os filhotes da matilha são sempre acolhidos e protegidos.
·         O bebê quando chega em casa fica dormindo 95% do tempo. Portanto fica em seu quarto, não afetando diretamente a rotina da casa. Ele quase “não aparece”. Conforme este bebê for crescendo, sua participação na rotina doméstica vai aumentando gradativamente, o que fará com que o cão se acostume facilmente à presença do novo filhote.
Dá pra ver que não é nenhum bicho de 7 cabeças! A relação vai se estabelecendo lentamente, gradativamente, mas é fundamental que saibamos avaliar muito bem que tipo de cão temos em casa:
·         Seu cão foi educado e é super sociável:
não há o que temer. Ele e o bebê vão se adaptar muito bem.
·         Seu cão é super sociável, mas muito estabanado:
Convém deixá-lo há uma certa distância do bebê, ou mesmo deixá-los em contato com algum tipo de barreira entre eles (exemplo uma grade). O problema aqui não é agressividade! O problema é que cães estabanados podem muitas vezes ter uma brincadeira bastante bruta para um bebê, ou mesmo uma criança maior. Se não protegemos a criança de um “carinho mais animado”, a criança pode ficar com medo do cão. Ou seja: Exige supervisão!
·         Seu cão é educado, sociável, mas nunca teve muito contato com bebês ou crianças:
tudo é uma questão de fazê-lo começar a ter contato com crianças gradativamente. Comece levando a praças onde tenham muitas crianças. Nos primeiros dias passeie com ele longe das crianças. Conforme os dias forem passando vá levando ele para passear mais perto das crianças. O objetivo é que ele fique tranqüilo no meio delas. Se você achar que mesmo depois deste treinamento, seu cão fica bem perto delas, mas não gosta de seus assédios, opte pela solução dada no item anterior: manter uma barreira entre eles. Desta forma eles aprenderão a se respeitar.
·         Seu cão costuma ter um comportamento hostil a tudo e todos que ele não conhece:
então você pode ter um problema de fato. Este tipo de cão tem muito mais dificuldade de se adaptar a novas situações, e você terá que ficar muito atento. À menor dúvida, opte pela segurança do bebê.
Sempre há algum ciúmes, é verdade. O cão não vai entregar o lugar de “bebê” da casa assim tão fácil!
·         Dê sempre brinquedos novos para seu cão, de preferência quando o bebê estiver junto.
·         Dedique um tempo diário para dedicar ao seu cão, mesmo que o tempo seja curto. Ele precisa sentir que não foi trocado! Que ele ainda tem o seu amor.
·         Mostre a ele que tratar bem do bebê te fará feliz, portanto sempre que ele ficar tranqüilo perto do bebê, elogie-o.

Leve seu cãozinho ao veterinário regularmente, verifique sua carteira de vacinas, veja se ele está corretamente vermifugado, verifique se há presença de parasitas (carrapatos, pulgas e outros) e, principalmente, converse com seu veterinário. Ele é a pessoa mais indicada para cuidar de seu amiguinho.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Você faz questão de um cão de raça? Pense duas vezes...

Trechos dos artigos do biólogo Sérgio Greif

É bastante comum que na busca pela companhia de animais utilizemos critérios raciais como determinante de escolha. Isso não acontece à toa, vamos à livraria para pesquisar sobre cães e os livros nos dizem qual raça é boa para apartamento, qual raça é boa para se ter com crianças, qual raça fornece bons cães de guarda...
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Existem mais de 500 doenças genéticas conhecidas nos cães, todas elas associadas à baixa variabilidade genética existente dentro das raças. Raças como os poodles apresentam diversas doenças endócrinas, tumores de mama, hidrocefalia, epilepsia e outras doenças. Cockers manifestam grande incidência de cataratas, glaucomas e doenças da retina, doenças dos rins e displasia coxo-femural.
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Uma pessoa que realmente deseja ter um cão como amigo, e não como um produto, uma mercadoria, não faz distinção entre um cão de raça e um cão sem raça definida. Os cães são sinceros em sua amizade para conosco, eles não fazem julgamentos se somos brancos ou negros, altos ou baixos, milionários ou mendigos, perfeitos ou deficientes, cabeludos ou carecas... eles nos aceitam como somos porque seu amor é desinteressado.
Assista também ao vídeo "Segredos do Pedigree", documentário sobre a criação dos cães de raça e o danos causados aos animais neste tipo de exploração (cenas fortes).


Gatos? Claro... mas por que de raça?
Existem mais de 150 doenças genéticas conhecidas nos gatos, todas elas associadas a genes recessivos que se manifestam com maior facilidade em animais com baixa variabilidade genética.
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Gatos persas, também bastante populares, sofrem de uma variedade de problemas de saúde, muitos deles de origem genética tais como manosidose, seborréia, doença renal policística (PKD), síndrome de Chediak-Higashi, anquilobléfaro congênito, entrópio, epífora congênita, glaucoma primário, pseudocistos periféricos, luxação patelar, displasia na bacia, sequestro de córnea, atrofia retinal progressiva, distócia e gengivite hiperplásica juvenil, entre outras doenças.
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A única explicação para que as pessoas tenham tal preocupação em preservar genes raros e muitas vezes deletérios em populações animais é que a preocupação nunca é de fato com o bem do animal.